Os exames durante o pré-natal são fundamentais para que o obstetra acompanhe o desenvolvimento e a saúde do bebê, assim como a saúde da mulher, já que interfere diretamente na gestação. Por isso, em todas as consultas o médico avalia o peso da gestante, a pressão arterial e a circunferência abdominal, e indica a realização de alguns exames como exames de sangue, de urina, ginecológicos e ultrassonografias.
Geralmente, são realizados mais exames no primeiro trimestre de gravidez, já que é fundamental acompanhar a saúde da mulher nas primeiras semanas de gestação.
A partir do segundo trimestre de gravidez, são solicitados menos exames, sendo mais direcionados para o acompanhamento do desenvolvimento do bebê.
Vamos à lista de exames na gravidez, boa leitura!
O hemograma tem como objetivo fornecer informações sobre as células sanguíneas da mulher, como as hemácias e as plaquetas, além das células de defesa do organismo que também são identificados nesse exame, os leucócitos. Assim, a partir do hemograma, o médico pode verificar se há infecções acontecendo e se há sinais de anemia, por exemplo, podendo ser indicado o uso de suplementos.
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Este exame de sangue serve para verificar o grupo sanguíneo da mãe e o fator Rh, se é positivo ou negativo. Se a mãe tem fator Rh negativo e o bebê fator Rh positivo que herdou do pai, quando o sangue do bebê entrar em contato com o da mãe, o sistema imune da mãe irá produzir anticorpos contra ele, podendo causar, em uma 2ª gravidez, doença hemolítica do recém nascido. Por isso, é importante que esse exame seja feito logo no primeiro trimestre da gestação, pois, caso haja necessidade, podem ser tomadas medidas de precaução para evitar uma resposta imunológica exagerada.
A glicose em jejum é importante para verificar se há risco de desenvolvimento de diabetes gestacional, sendo importante que seja feito tanto no primeiro quanto no segundo trimestre de gestação, e para acompanhar o tratamento e o controle da diabetes, por exemplo, caso a mulher já tenha sido diagnosticada.
Além disso, entre a 24ª e a 28ª semana de gestação, o médico pode indicar a realização do exame TOTG, também conhecido como teste oral de tolerância à glicose ou exame da curva glicêmica, que é um exame mais específico para o diagnóstico de diabetes gestacional.
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Algumas infecções por vírus, parasitas ou bactérias podem ser transmitidas para o bebê durante o parto ou interferirem no seu desenvolvimento, já que em alguns casos podem atravessar a placenta. Além disso, no caso da mulher ser portadora de alguma doença infectocontagiosa crônica, como o HIV, por exemplo, é importante que o médico faça o acompanhamento frequente do vírus no organismo e ajuste nas doses dos medicamentos, por exemplo.
Assim, as principais infecções que devem ser avaliadas nos exames durante a gravidez são:
• Sífilis, que é causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser transmitida para o bebê durante a gestação ou no momento do parto, resultando na sífilis congênita, que pode ser caracterizada por surdez, cegueira ou problemas neurológicos no bebê. O exame para sífilis é conhecido como VDRL e deve ser feito no primeiro e no segundo trimestre de gravidez, além de que é importante que a mulher realize o tratamento corretamente para evitar a transmissão para o bebê;
• HIV, que pode causar a Síndrome da Imunodeficiência Humana, a AIDS, e que pode ser passado para o bebê durante o parto. Por isso, é importante que a mulher seja diagnosticada, a carga viral seja verificada e o tratamento seja ajustado.
• Rubéola, que é uma doença causada por vírus da família Rubivirus e que quando adquirida durante a gravidez pode resultar em malformações do bebê, surdez, alteração nos olhos ou microcefalia, sendo importante que sejam realizados exames para identificação do vírus durante a gravidez;
• Citomegalovírus, assim como a rubéola, a infecção pelo citomegalovírus pode trazer consequências para o desenvolvimento do bebê, o que pode acontecer quando a mulher não tem o tratamento iniciado e o vírus consegue passar para o bebê através da placenta ou durante o parto. Por isso, é importante que seja feito exame para identificação da infecção pelo citomegalovírus durante a gravidez;
• Toxoplasmose, é uma doença infecciosa causada por um parasita que pode representar riscos graves para o bebê quando a infecção acontece no último trimestre de gravidez e, por isso, é importante que a mulher tenha cuidados para evitar a infecção, bem como realize o exame para iniciar o tratamento e prevenir complicações.
• Hepatite B e C, que são doenças infeciosas causadas por vírus que também podem ser transmitidas para o bebê, podendo provocar parto prematuro ou bebê de baixo peso.
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Esses exames devem ser feitos no primeiro trimestre e repetidos no segundo e/ou no terceiro trimestre de gestação, de acordo com a orientação do obstetra. Além disso, no terceiro trimestre de gestação, entre a 35ª e a 37ª semana de gestação, é importante que a mulher faça o exame para pesquisa do estreptococo do grupo B, o Streptococcus agalactiae, que uma bactéria que faz parte da microbiota vaginal da mulher, no entanto dependendo da sua quantidade pode representar risco para o bebê no momento do parto.
O exame de urina, também conhecido como EAS, é importante para identificar a infecção urinária, que é frequente durante a gravidez. Juntamente o EAS, o médico também indica a realização de urocultura, principalmente se a mulher relata sintomas de infecção, pois a partir desse exame é possível identificar qual o microrganismo responsável pela infecção e, assim é possível que o médico indique o melhor tratamento.
A realização do ultrassom é muito importante durante a gravidez, pois permite que o médico e a mulher acompanhe o desenvolvimento do bebê. Assim, o ultrassom pode ser realizado para identificar a presença do embrião, o tempo da gravidez e ajudar a determinar a data do parto, os batimentos cardíacos do bebê, a posição, o desenvolvimento e o crescimento do bebê.
A recomendação é a de que o ultrassom seja realizado em todos os trimestres da gravidez, de acordo com a orientação do obstetra. Além do ultrassom convencional, pode ser também realizado exame de ultrassom morfológico, que permitem visualizar o rosto do bebê e identificar doenças.
EXAMES LABORATORIAIS E A ROTINA PEDIÁTRICA
Além dos exame normalmente indicados pelo médico, podem ser também recomendados exames ginecológicos com o objetivo de avaliar a região íntima. Pode ser recomendado também a realização do exame preventivo, também conhecido como exame de Papanicolau, que tem como objetivo verificar a presença de alterações no colo do útero que possam ser indicativos de câncer, por exemplo. Assim, a realização desses exames é importante para que sejam prevenidas complicações da mulher.
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Caso o médico verifique que se trata de uma gravidez de risco, pode indicar a realização de mais exames com o objetivo de avaliar o nível de risco e, assim, indicar medidas que possam diminuir o risco da gestação e possíveis complicações para a mãe e para o bebê. A gravidez de risco é mais frequente entre mulheres a partir dos 35 anos, havendo maior probabilidade de aborto ou de complicações.
Isso acontece por que porque os óvulos podem sofrer algumas alterações que aumentam o risco do bebê sofrer de alguma síndrome genética, como a Síndrome de Down. No entanto, nem todas as mulheres que engravidaram após os 35 anos de idade têm complicações durante a gravidez, parto ou pós-parto, sendo o risco maior entre mulheres que são obesas, diabéticas ou que fumam.
Alguns dos exames que podem ser indicados pelo médico são:
• Perfil bioquímico fetal, que serve para ajudar no diagnóstico de doenças genéticas no bebê;
• Biópsia do vilo corial e/ou cariótipo fetal, que serve para diagnosticar doenças genéticas;
• Ecocardiograma fetal e eletrocardiograma, que avalia o funcionamento do coração do bebê e é normalmente indicado quando foi detectada alguma alteração cardíaca no bebê por meio de exames realizados anteriormente;
• MAPA, que é indicado para mulheres hipertensas, para verificar o risco de pré-eclampsia;
• Amniocentese, que serve para detectar doenças genéticas, como a síndrome de Down e infecções, como toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus. Deve ser realizado entre a 15ª e 18ª semana de gestação;
• Cordocentese, também conhecido como amostra de sangue fetal, serve para detectar alguma deficiência cromossômica no bebê ou suspeita de contaminação por rubéola e toxoplasmose tardia na gravidez;
A realização destes exames é importante porque ajuda a diagnosticar alterações importantes que podem ser tratadas para que não afetem o desenvolvimento do feto.
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