A leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue e pode ser curada com o tratamento adequado. Mesmo assim, a taxa de mortalidade segue alta no Brasil, como indica um novo levantamento da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).
Ela surge quando células imaturas do sangue sofrem uma mutação ainda na medula óssea, onde são fabricadas, e passam a se multiplicar desenfreadamente, ocupando o lugar das células saudáveis.
Existem mais de 12 tipos de leucemia, divididos em agudos e crônicos. As variedades mais comuns no Brasil são:
• Leucemia linfoide aguda
• Leucemia linfoide crônica
• Leucemia mieloide aguda
• Leucemia mieloide crônica
Quanto maior a idade, maior o risco de desenvolver as versões crônicas da leucemia mieloide e linfoide. As agudas, por sua vez, são as mais frequentes em crianças e adolescentes, embora também apareçam na vida adulta.
O QUE CAUSA LEUCEMIA?
A origem desse câncer ainda é desconhecida. O que se sabe é que certos fatores podem aumentar o risco de ele surgir. Entram na lista substâncias químicas, como o benzeno, formadeíldos e agrotóxicos, cigarro, exposição excessiva à radiação, além de algumas síndromes e doenças hereditárias.
DIAGNÓSTICO DA LEUCEMIA
Se detectada e medicada logo, a leucemia tem chances altas de cura, principalmente quando acomete os mais novos. Em adolescentes e adultos jovens, esse índice chega a 80% e em idosos, em torno de 20%.
A investigação começa com o exame de sangue mais simples, o hemograma. Ele pode apresentar alterações em plaquetas, leucócitos e hemácias, que pedem uma avaliação mais pormenorizada.
Com a confirmação do quadro, outros testes são solicitados para determinar qual é o tipo de leucemia a ser enfrentado. É o caso do mielograma, que colhe sangue diretamente da medula óssea, de exames genéticos e da biópsia de uma parte da medula.
SINTOMAS DA LEUCEMIA
Não existe rastreamento populacional para a detecção precoce da leucemia. O jeito é ficar atento aos primeiros sintomas e procurar atendimento se notá-los.
Certos sinais são genéricos e nem sempre indicarão um câncer, mas vale eliminar a possibilidade com o médico, principalmente se eles persistem com o tempo:
• Febre ou suores noturnos
• Anemia
• Cansaço extremo
• Sangramentos na gengiva ou nariz
• Infecções recorrentes, como resfriados
• Perda de peso sem motivo aparente
• Desconforto abdominal provocado pelo aumento do tamanho do baço
• Manchas roxas pelo corpo
• Dor nos ossos e nas articulações
• Nódulos inchados na região do pescoço, virilha e axila
TIPOS DE TRATAMENTOS PARA LEUCEMIA
As leucemias agudas precisam de quimioterapia com o paciente internado e do controle das infecções que costumam surgir por causa das alterações no sangue. Além disso, mesmo quando os exames indicam o desaparecimento da enfermidade, sessões adicionais de químio são comumente prescritas para eliminar quaisquer células cancerosas que possam estar circulando pelo corpo.
Já as crônicas têm uma abordagem um pouco diferente. A mieloide crônica em geral é tratada com um comprimido que inibe a ação de uma proteína por trás da multiplicação celular que desencadeia a doença.
A linfoide crônica pode ser combatida com quimioterapia, mas, dependendo do estado do paciente, o médico pode optar por outras terapias, como remédios orais e anticorpos monoclonais.
O transplante de medula óssea é outra opção tanto para as leucemias agudas quanto para as crônicas. Contudo, só é indicado em situações específicas – como quando o paciente não responde bem ao tratamento convencional.
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