A menopausa é o período chamado de climatério e, geralmente, ocorre por volta dos 50 anos. Mas, é válido lembrar que há diversas varáveis que podem alterar essa tendência, como a genética e a saúde dos ovários. Nesse sentido, é importante realizar os exames necessários na menopausa, para diagnóstico e acompanhamento.
Então, vem com o Vale porque nós vamos tirar todas as suas dúvidas sobre a Menopausa, continue e boa leitura!
O que muda no organismo da mulher com a menopausa?
Menopausa é o nome da última menstruação. Trata-se de um evento inevitável, que encerra o ciclo menstrual iniciado na adolescência, com a menarca. Com a chegada da menopausa, o organismo feminino muda consideravelmente. No entanto, esse processo não se dá de uma hora para outra, mas ocorre ao longo do tempo — geralmente, entre os 45 e 55 anos de idade, período chamado de climatério.
Nessa fase, é comum sentir diversos desconfortos físicos e emocionais. Sem falar no risco aumentado para osteoporose e descontrole dos níveis de colesterol.
Quais são os sintomas da menopausa?
Os incômodos nessa fase são diversos. Entre os sintomas, destacam-se:
- ondas de calor (também chamadas de fogachos ou afrontamentos), que ocorrem em 80% das mulheres, em decorrência da redução na produção de estrogênio, e podem permanecer por anos;
- sudorese noturna, uma variante das ondas de calor, que surge apenas à noite;
- ansiedade e depressão, relacionadas tanto à queda de estrogênio como ao impacto emocional gerado pela mudança de fase;
- distúrbios do sono, devido à ansiedade, à sudorese noturna, entre outros problemas;
- palpitações, mais comuns em pacientes ansiosas;
- variações repentinas de humor, que ocorrem sem que haja um motivo real, sendo provocadas pelas flutuações nos níveis de estrogênio;
- secura vaginal, também relacionada à deficiência de estrogênio;
- infecções urinárias de repetição, por conta da fragilização do tecido que reveste a uretra;
- falta de libido, devido à secura vaginal, que pode deixa o ato sexual doloroso, e também à redução da capacidade de sentir prazer;
- secura, opacidade e flacidez da pele, consequência da queda na produção de colágeno;
- aumento da gordura, com tendência a se estocar na região abdominal (ao redor da cintura), por conta da redução no metabolismo (menor gasto calórico basal);
- inchaço abdominal, devido ao aumento na produção de gases;
- lapsos de memória, que fica mais fraca, levando a esquecimentos relacionados a eventos de curto prazo e até compromissos diários;
- dificuldade de concentração, tanto por consequência da redução do estrogênio, como por causa do estresse do período;
- dores nas articulações, que acometem, principalmente, as mulheres com sobrepeso, assim como dores nas mamas e dores de cabeça;
- unhas fracas e a queda de cabelo, que também fica mais fino e quebradiço, por conta da redução dos níveis de estrogênio e diminuição do colágeno;
- cansaço, devido à falta de energia decorrente das variações hormonais e dos problemas relacionados ao sono;
- pelos faciais, que aparecem, principalmente, no queixo, buço, bochechas e peito, após os níveis de estrogênio (hormônio feminino) caírem, deixando os hormônios masculinos em vantagem;
- fragilidade dos ossos, que deixa as mulheres mais sujeitas a sofrerem fraturas e terem osteoporose;
- desequilíbrios e tonturas, novamente, por conta da queda na produção de estrogênio.
Como aliviar os sintomas da menopausa?
Para minimizar os fogachos, assim como boa parte dos demais incômodos, os ginecologistas costumam prescrever a reposição de estrogênio (estrogenioterapia). Além disso, recomendam:
- praticar atividades físicas (tanto exercícios aeróbicos quanto musculação);
- alimentar-se de maneira saudável;
- eliminar o sobrepeso;
- parar de fumar;
- evitar bebidas alcoólicas e cafeína;
- usar cremes vaginais lubrificantes.
Aliviar os sintomas da menopausa é mais importante do que parece. Sem o devido cuidado, eles podem causar uma série de prejuízos à saúde e ao bem-estar da mulher.
Quais exames confirmam o início da menopausa?
Durante o climatério, a irregularidade dos ciclos menstruais leva muitas mulheres a achar que pararam de ovular e, algum tempo depois, se virem novamente menstruadas. Por conta disso, a menopausa somente pode ser confirmada após 12 meses da última menstruação.
No entanto, quando se deseja descobrir mais cedo, pode-se fazer a confirmação laboratorial. Nesse caso, o médico solicita a realização de alguns exames de sangue, tais como as dosagens de:
- prolactina, cujo aumento leva à amenorreia (atraso ou interrupção dos ciclos);
- hormônio tireoestimulante (TSH), o qual é associado ao distireoidismo, sendo utilizado para investigar o desequilíbrio hormonal;
- hormônio folículo estimulante (FSH), cuja concentração aumentada reflete o esgotamento da reserva folicular ovariana;
- estradiol (E2), cuja produção se torna mínima, sendo suficiente, apenas, para manter o equilíbrio endocrinológico e clínico.
Existe, ainda, outra situação na qual a realização de exames com objetivos comprobatórios é indicada. Tratam-se das pacientes com menos de 40 anos que pararam de menstruar.
Nessas mulheres, a falta da menstruação pode decorrer da insuficiência ovariana prematura (IOP). Conhecida como menopausa precoce, essa condição também é investigada por meio das dosagens mencionadas, além do histórico clínico e exames físicos.
SAIBA QUAIS OS CHECK-UPS MAIS NECESSÁRIOS
HORMÔNIOS DA TIREOIDE, DISTURIBIOS E SINTOMAS
Quais são os exames de rotina pós-menopausa?
As indicações e frequência dos check-ups pós-menopausa dependem das necessidades de cada paciente. Em geral, os exames de rotina devem ser feitos uma vez por ano, podendo ser mais frequentes caso haja intercorrências.
São eles:
- exames clínicos, para identificar anormalidades mamárias e pélvicas, por meio da palpação;
- exames de sangue, principalmente, colesterol e triglicerídeos, função renal e provas de função tireoidiana;
- mamografia, para prevenir o câncer de mama;
- Papanicolau, para prevenir o câncer do colo do útero (deve ser realizado até, pelo menos, 65 anos, segundo recomendação do Ministério da Saúde), muitas vezes, acompanhado de uma colposcopia ou biopsia do colo uterino;
- ultrassom transvaginal, para diagnosticar anomalias no aparelho reprodutor, urinário e digestivo;
- exames cardiológicos, como eletrocardiograma, teste ergométrico e ecodopplercardiograma, para identificar placas de gordura, arritmia, hipertrofia, entre outras condições que prejudicam a saúde cardíaca;
- densitometria óssea, para diagnosticar a osteoporose e a osteopenia, enfermidades que aumentam o risco de fraturas.
Além disso, podem haver indicações de exames para investigações mais específicas. Nesse caso, as escolhas são feitas com base nas orientações preconizadas para cada quadro.
Por que é importante fazer check-ups após a menopausa?
Os exames de rotina são essenciais em qualquer fase da vida. Portanto, devem ser feitos periodicamente, continuando depois da menopausa. Isso vale, inclusive, para as pacientes assintomáticas e adeptas de um estilo de vida saudável, mesmo que não tenham uma vida sexual ativa.
Com os resultados dos check-ups em mãos, os médicos podem orientar quais medidas devem ser adotadas para melhorar a saúde e a qualidade de vida das mulheres nessa fase, ajudando a aliviar os sintomas tão incômodos.
Dessa maneira, os exames na menopausa não apenas permitem confirmar o fim do ciclo menstrual, como ajudam a prevenir doenças e identificar alterações precocemente, contribuindo para o sucesso dos tratamentos.